Lusa Language School adota ferramentas online para superar desafios

André Teixeira não hesita quando lhe é pedido que descreva o maior ativo do seu negócio. “Lisboa”, diz ele. “Estamos localizados numa cidade repleta de vida, belas praias, uma cena noturna vibrante e inúmeros pontos secretos a explorar.” Não é de admirar então que, quando André fundou a Lusa Language School, inicialmente era uma empresa ‘física’ em quase todos os aspetos. Os professores ensinavam em grande parte numa sala de aula física. Aos estudantes, muitos dos quais vindos de locais de todo o mundo, era oferecida assistência não só em termos de alojamento mas também para se orientarem numa cidade que André estima com paixão.

Mas o que acontece quando essa cidade entra em confinamento? Não há vida noturna. Não há praia. Quiçá, como André temia, também não haveria estudantes. “Eu adorava este negócio e não queria que fechasse”, recorda André, “senti esse peso imenso sobre os meus ombros porque dependia de mim garantir que isso não acontecesse. Também percebi que estava ao meu alcance fazer algo a respeito.” Ele mexeu-se rapidamente. A primeira ordem de trabalhos foi criar novos produtos digitais, tais como aulas em grupo online; isso implicava a reestruturação do seu sítio web. André desenvolveu os novos visuais e conteúdos que pôs a funcionar em menos de duas semanas. Em seguida, precisava de informar todos sobre as novas ofertas, o que implicava uma reorientação do seu marketing; André transformou isso ainda mais rapidamente. “Tive de repensar tudo. Lembrei-me de quando comecei de facto a escola,” recorda-se ele. “A diferença desta vez foi que tive de recorrer a ferramentas digitais para conseguir fazê-lo. Ainda bem que o fiz. Não consigo imaginar o que eu teria feito sem elas.”

Assim que as aulas passaram a decorrer online, os professores e alunos de André foram transferidos para a videoconferência. Em vez de os professores distribuírem tarefas em sala de aula, carregaram-nas no Google Drive. O próprio André voltou-se cada vez mais para outros aspetos do Google Workspace, o qual, segundo ele, teve um “papel muito, muito importante no funcionamento diário da escola — e a um custo muito inferior ao de programas semelhantes utilizados por empresas maiores”. O Google Sheets serviu como uma excelente forma para o pessoal da Lusa partilhar informação com potenciais novos estudantes. O Google Ads foi a peça fundamental da própria estratégia de prospeção da empresa, que se tornou o seu principal instrumento de marketing. As campanhas de pesquisa e no YouTube levaram a escola não só a manter as suas operações mas até a aumentar a sua receita global, ao aumentar em 40% o número de inscrições dos tempos pré-Covid. A equipa de André também continuou a utilizar plataformas de comunicação social para se ligar à sua comunidade online, embora muitas vezes de novas formas. Por exemplo, embora as publicações nas redes sociais da Lusa oferecessem anteriormente uma visão sobre o dia-a-dia da escola, elas cumpriram o objetivo acrescido e crítico durante a pandemia de manter a comunidade da Lusa atualizada durante um período de rápidas mudanças.

Tudo isto levou a uma mudança no modelo de negócio de André: de primariamente físico para um híbrido de duas vertentes que oferece cursos tanto online como (quando as restrições da COVID-19 começaram a ser abolidas no Verão de 2020) presencialmente. André pretendia continuar assim indefinidamente — até que um segundo e sobretudo inesperado isolamento ocorreu em Portugal em 2021. Mas, desta vez, André estava preparado. “Foi uma experiência completamente diferente do primeiro isolamento,” explica ele. “As ferramentas online que implementámos em 2020 permitiram-nos adaptar muito mais rápido e lidar com muito mais facilidade com 2021. Estamos muito mais fortes agora do que antes.” De facto, a Lusa aumentou o pessoal ao longo do ano passado e o próprio André ainda está bastante otimista quanto ao futuro. Ele sabe que será um futuro mais digital também para a Lusa e já começou a pensar em novas formas de integrar as ferramentas digitais na experiência de aprendizagem.